sábado, 28 de julho de 2012

ACIDENTE AÉREO EM JUIZ DE FORA - Decisão sobre pouso cabe ao piloto


 Cipriano Magno de Oliveira, gerente da Serrinha
Depois de concluídas as primeiras análises no local do acidente aéreo, que matou oito pessoas no início da manhã deste sábado (28), o coronel do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa III), Paulo dos Santos e o gerente do Aeroporto da Serrinha, Cipriano Magno de Oliveira, conversaram com a imprensa sobre o acidente. Segundo Cipriano, o piloto da aeronave teria feito cerca de cinco contatos com a rádio de controle do aeroporto entre 7h40 e 7h50. No decorrer da conversa, o funcionário do aeroporto teria informado sobre as condições do tempo. O coronel Paulo dos Santos ressaltou que as condições climáticas no momento do acidente eram desfavoráveis e que, nestes casos, cabe ao piloto a decisão pelo pouso. No entanto, ainda não se pode afirmar o que teria acontecido após o contato.
No início da manhã, uma densa neblina cobria boa parte da cidade e obrigou o fechamento da pista do aeroporto para pousos e decolagens. Não há previsão de quanto tempo as investigações irão durar ou quando o laudo conclusivo será entregue.
Em entrevista pela manhã, o gerente do Serrinha, informou que "apesar de rádio controle ainda estar fechada, eles conseguiram um contato com um funcionário que estava na torre por volta das 7h50. Neste momento, foi informado que não havia condições de pouso, que o tempo estava fechado com visibilidade vertical de 100 pés, sendo que o ideal seria de 600 pés." No entanto, ainda não foi possível precisar a informação.
Sem prazo para conclusão
O coronel Paulo dos Santos e um outro oficial da Aeronáutica chegaram à Juiz de Fora por volta das 16h. Eles irão trabalhar na coleta e análise técnica dos destroços da aeronave, bem como da caixa-preta. A expectativa é de que, com a peça, fique esclarecido o que foi dito entre os pilotos e com a torre momentos antes do acidente. O que não for apreendido pela equipe da Seripa ficará à disposição dos responsáveis pelo bimotor.
De acordo com o coronel Paulo dos Santos, ainda não há como precisar quais foram as causas. "Não podemos afirmar o que teria provocado este acidente, entretanto, a responsabilidade por manter a manobra de pouso, mesmo em condições climáticas adversas, é inteira do comandante que pilota a aeronave." O coronel também informou que os trabalhos, hoje, foram interrompidos assim que anoiteceu. Na segunda-feira (30), outros oficiais da Aeronáutica deverão chegar à cidade para auxiliar nas investigações, ainda sem prazo de término. Assim que o laudo for concluído, será publicado oficialmente no site do órgão.
O técnico de Segurança de Voo e Operador de Estação, Reinaldo Bertolin, destacou que ao definir o plano de voo, a aeronave é abastecida com quantidade de combustível suficiente para pousar em outro local, caso haja um imprevisto. A sugestão de Reinaldo, seria o aeroporto de Goianá. Porém, para o profissional, não é possível, ainda, assegurar que o avião teria condição de realizar este procedimento.
Nota oficial
Em nota oficial, a Vilma Alimentos lamenta profundamente o falecimento dos seus executivos e funcionários e informa os nomes das pessoas que estavam a bordo do bimotor:

- presidente da Vilma, Domingos Costa, 58 anos

- o filho de Domingos, Gabriel Barreira Costa, 14 anos
- o vice-presidente de Vendas e Marketing, Cezar Roberto de Pinho Tavares, 55 anos
- a gerente de Controladoria, Lídia Colares de Souza Lima, 31 anos
- a gerente de Recursos Humanos, Adriana da Conceição Rocha Ezequiel Vilela, 47 anos
- o analista de Geomarketing, Tiago Felipe Cardoso Bretas, 26 anos
- o piloto Jair Barbosa, 62 anos
- e o copiloto, Rodrigo Henrique Dias da Silva, 35 anos.

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