sexta-feira, 23 de março de 2012

TRIBUNA DE MINAS - 24.03.12


4º GAC - ABRAÇADO AO CANHÃO MORRE O ARTILHEIRO...


ESTE QUADRO ENCONTRA-SE NO 4º GRUPO DE ARTILHARIA DE CAMPANHA, EM JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS.

MUSEU HISTÓRICO DO EXÉRCITO E FORTE COPACABANA - CONVITE



O Museu Histórico do Exército e Forte de Copacabana, no âmbito das comemorações referentes ao Dia do Exército, realizará no dia 17 de abril a 15ª Jornada Técnica. No encontro, serão abordados temas livres dentro das áreas de História, Arquivística, Museologia e Restauração, totalizando dez horas/aula, onde os participantes receberão um certificado de participação.

Quando: 17/04/2012

Horário: 9h às 17h

Público alvo: Profissionais e estudantes das áreas de museologia, história e restauração.

Entrada: Gratuita, mediante inscrição. Vagas limitadas. Para se inscrever clique aqui.

Local: Auditório Santa Bárbara, no Forte de Copacabana.

Outras informações clique aqui


PROGRAMAÇÃO


09:00 - Recepção

09:30 - Abertura

09:50 - Palestrante: Antônio Gonçalves da Silva

Engenheiro Químico, Mestre em Ciência Florestal - UFV (Universidade Federal de Viçosa), Cientista da Coordenação de Preservação de Documentos do Arquivo Nacional /

Ministério da Justiça, Presidente da Câmara Técnica de Preservação de Documentos - CONARQ (Conselho Nacional de Arquivos).

Tema: "Características químicas de deterioração dos materiais que constituem acervo museológico."

10:30 - Intervalo

10:40 - Palestrante: Juliana Bernardi Pimenta Freire

Bacharel em História / UFRJ, Pesquisadora em Sociologia da Educação e História Militar, Professora do Centro de Estudos de Pessoal / CEP - Forte Duque de Caxias / Leme / RJ.

Tema: "O Rio de Janeiro e a defesa do seu porto: pedra, cal, homens e canhões."

11:20 - Palestrante: Bárbara Harduim

Arte - Educadora, Coordenadora do Setor Educativo do Museu de História e Artes do Rio de Janeiro / FUNARJ.

Tema: "Museu de Arte em diálogo com os não-públicos."

12:00 - Almoço

13:40 - Palestrante: Helói José Fernandes Moreira

Professor de Engenharia Elétrica, Superintendente do Museu da Escola Politécnica da UFRJ.

Tema: "A história e a memória da Escola Politécnica no seu Museu."

14:20 - Palestrante: Ana Paula Corrêa de Carvalho

Mestre em Museologia e Patrimônio - UNIRIO, Museóloga e Restauradora da Fundação Oswaldo Cruz.

Tema: "Conservação de Plantas Arquitetônicas do Arquivo da História da Ciência do Museu de Astronomia e Ciências Afins / MAST."

15:00 - Intervalo

Black Bird SR71


ENCINO, PESQUIZA - QUE HORROR!


Na surdina, Maria do Rosário quer aprovar projeto que permite inspeções-surpresa nas cadeias dos quartéis


A proposta de realizar visitas surpresas nos quartéis, incluída em projeto de lei encaminhado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República ao Congresso, enfrenta resistência de setores militares. Em tramitação na Câmara dos Deputados, o projeto de combate à tortura e violações de direitos humanos em prisões judiciais e administrativas desagradou também a alguns parlamentares.
 O governo trabalha para aprovar a matéria antes do recesso parlamentar. O texto, que não foi apresentado ao Ministério da Defesa, cria mais um desgaste entre a secretaria e os militares. Internamente, a pasta também estuda a abertura de um debate sobre o papel da Justiça Militar.
"Não tem sentido essa fiscalização. Desconheço tortura nas unidades militares", afirma o coronel do Exército Cláudio Moreira Bento, presidente da Academia de História Militar. Ele defende que os comandantes e a própria guarnição já acompanham a rotina das unidades prisionais e denunciam qualquer irregularidade. "Com certeza esse grupo irá enfrentar algumas reações nas visitas surpresas."
 "Qual a necessidade dessa fiscalização? Não vai achar nada. Nossos presídios são muito melhores e mais controlados do que os civis", rebateu o vice-presidente da Associação de Militares da Reserva da Marinha, Coronel Fonseca. "Podem procurar. O governo precisa se preocupar com as delegacias e penitenciárias."
A Marinha mantém o único presídio militar do País, localizado na capital fluminense. Os demais presos ficam em celas nas unidades.
Inspeção
Em nota pública, a Secretaria de Direitos Humanos afirma que o projeto de lei que institui o Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura não é focado nas instituições militares.
 "Trata-se de um mecanismo abrangente, voltado ao enfrentamento da tortura. O objetivo que orientou a construção deste Projeto de Lei é enfrentar a violência em instituições como as delegacias de polícia, penitenciárias, instituições de longa permanência de idosos, hospitais psiquiátricos e instituições socioeducativas para adolescentes em conflitos com a lei, onde há o maior número de denúncias", afirma a nota. A pasta diz, ainda, que não debateu questões relacionadas aos tribunais militares e nega qualquer divergência entre áreas do governo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

ANIVERSÁRIO DE AMIGOS - ITAMAR TAVARES


COMEMORA, HOJE,  MAIS UM ANIVERSÁRIO, NOSSO AMIGO ITAMAR TAVARES.

DESEJAMOS MUITAS FELICIDADES, PAZ, SAÚDE, REALIZAÇÕES E SUCESSOS NA VIDA PESSOAL E PROFISSIONAL.

FRATERNO ABRAÇO.

ACABA DE FALECER O HUMORISTA CHICO ANYSIO


O humorista, ator e escritor Chico Anysio morreu, aos 80 anos, em decorrência de complicações cardiorrespiratórias.
Chico estava internado no hospital Samaritano, na zona sul do Rio de Janeiro, desde o dia 30 de novembro de 2011. O humorista chegou a ter alta no dia 21 de dezembro, mas retornou à unidade médica no dia seguinte, depois de apresentar hemorragia digestiva.
Chico sofreu uma piora na última quarta (21), quando precisou passar por uma sessão de hemodiálise. Na quinta à tarde, passou por um processo de drenagem torácica durante a tarde, para remoção de um "grande hematoma pleural". Segundo o UOL apurou, na manhã desta sexta, o humorista sofreu uma parada cardíaca e chegou a ser reanimado. Ele também dependia de ajuda de aparelhos para respirar, e, durante a internação, foram feitas tentativas de retirar o respirador, sem sucesso.
Nos últimos dois dias, recebeu a visita de muitos parentes, como os filhos Bruno Mazzeo e André Lucas, os sobrinhos Marcos Palmeira e Cininha de Paula, além da mulher Malga di Paula.
Ao longo de 2011, Chico passou por consecutivos períodos de internação. Em março, deixou o Samaritano após 110 dias hospitalizado, quando enfrentou complicações cardiorrespiratórias. Ele foi submetido a angioplastia e tratou uma pneumonia na UTI.
Em outubro, voltou ao hospital por cinco dias, dessa vez para aliviar uma crise de dores nas costas. 
Em agosto de 2010, o humorista passou 19 dias internado no mesmo hospital, depois de ser submetido a uma cirurgia para retirada de parte do intestino grosso.
Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho nasceu no município de Maranguape, Ceará, no dia 12 de abril de 1931. Aos oito anos, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro, onde já começou a demonstrar seus dotes artísticos, fazendo imitações.
Com 14 anos, passou a frequentar programas de calouros em rádios cariocas e paulistas. Costumava ir ao "Programa Ary Barroso", "Hora do Padre" e "Trabuco", de Vicente Leporace.

Chico também chegou a fazer novelas, mas preferiu seguir a linha de shows e de comédias, ao lado de Grande Otelo, Chocolate e Luiz Tito. Recentemente, fez participações em folhetins da Globo como "Caminho das Índias" (2009), "Pé na Jaca" (2007) e "Sinhá Moça" (2006).
Estudou para ingressar na Faculdade de Direito, passou, mas não cursou. Seu primeiro contrato de trabalho foi na Rádio Guanabara, onde, depois de 15 dias, já tinha quatro profissões: ator, locutor, redator e comentarista esportivo.
Na carreira de humorista são mais de 200 personagens. Começou na TV em 1957, fazendo o “Professor Raimundo”, na TV Rio. O personagem já tinha estrelado por muito tempo a Rádio Mayrink Veiga, sempre com sucesso. Na TV Rio, sob a direção de Walter Clark, o sucesso continuou.
Em 1969, o humorista foi para a TV Globo, onde consagrou programas como "Chico Anysio Show", "Chico City", "Estados Unidos de Chico City", "Chico Total" e "Escolinha do Professor Raimundo". Em todos eles apareceram seus tipos imortais, como a "Salomé", o "Painho", o famoso "Profeta" e tantos outros. Atualmente faz parte do elenco de "Zorra Total".
Chico era ainda pintor, compositor e escritor - lançou 17 livros.
Casado seis vezes – um dos mais comentados foi com a ex-ministra da Economia do governo Collor, Zélia Cardoso de Mello-, o humorista deixa oito filhos: Lug, André, Cícero, Nizo, Bruno, Rico, Rodrigo e Vitória.

ANIVERSÁRIO DE AMIGOS - DARLAN FERNANDES


COMEMORA, HOJE,  MAIS UM ANIVERSÁRIO, NOSSO AMIGO E  IRMÃO ASP OF ART DARLAN FERNANDES.

DESEJAMOS MUITAS FELICIDADES, PAZ, SAÚDE, REALIZAÇÕES E SUCESSOS NA VIDA PESSOAL E PROFISSIONAL.

FRATERNO ABRAÇO.

PÁSCOA - PESQUISA DE PREÇOS - INTERESSANTE E ASSUSTADOR




FILHOS DE MILITARES


Filhos de Militares, segundo a filha de uma grande amiga, redigido na

Faculdade, quando um professor pediu para a Turma escrever sobre cada um.
Muito lindo e tocante !...

Todo mundo sabe que os filhos de militares têm uma capacidade quase

camaleônica de se misturar ao novo meio, somos geneticamente mimados
para gostar de tudo a nosso volta, seja frio, calor, elegância,
pobreza, água, seca ou qualquer outra condição física, psicológica,
geográfica, climática, financeira, etc...

Para quem está de fora, criticar tudo isso é muito bom: ‘’Os pobres

coitados dos filhos de militares não têm amigos e nem laços afetivos
com lugar nenhum!‘’.

Os fofoqueiros que me desculpem, mas meus laços

afetivos são com o Brasil e meus amigos estão espalhados pelo mundo.
Quantas pessoas podem dizer que tem vivência nacional? Aprender sobre
a Amazônia no meio da selva, ouvir os dois lados da história e
escolher em qual acreditar, ter orgulho de ver seu pai tentar resolver
os problemas de outros países.


Quantas pessoas podem dizer que seu
herói está dentro de casa? E não adianta um civil tentar se comparar
com os nossos capitães, sargentos, coronéis, tenentes... Eles nunca
vão entender que você se muda sim, mas que dentro da sua casa, onde
realmente importa, nada muda.

Os filhos de militares aprendem a amar a distância, a entender o lado

bom de tudo, a montar e desmontar uma casa em dois dias, a acolher até
quem morou a vida toda na mesma casa, a conservar bons amigos com o
carinho, mesmo sem a presença.

A cidade que você mora pode não ser a melhor de todas, pode até ser a

pior, mas dentro de casa, lá sim, está o melhor lugar do mundo e os
filhos de militares sabem fazer o melhor lugar do mundo em qualquer
lugar, não importa aonde você chegue, dentro da casa de um militar
sempre haverá um refúgio de carinho e amizade, criado pelos nossos
laços com o Brasil e pelos nossos amigos espalhados pelo mundo.

Os militares sabem que suas escolhas afetam a vida de suas famílias e

sofrem ao ver seus filhos deixando os amigos, namorados e suas casas
para trás, mas compensam suas famílias com uma chuva de amor e
cultura. Se engana quem acredita que somos ‘’pobres filhos de
militares’’, somos orgulhosos, gratos, felizes, ricos, privilegiados e
acima de tudo amados filhos de militares; as casas podem mudar, mas
nossos lares são construídos em torno de uma família não de um lugar.


O estilo de vida que meu pai me proporcionou fez de mim quem eu sou
hoje, uma aspirante a jornalista com uma bagagem cultural gigante, que
pode encher a boca e dizer que viveu e não leu toda essa cultura.

Obrigada Pai, por escolher ser militar!...
          Bárbara Miranda. 


         Filha do Cel Assis, Material Bélico, que atualmente está cursando o Curso de Política ,    Estratégica e Alta Administração do Exército - CPEAEx

VISITA AO FORTE DO LEME - RIO DE JANEIRO



VISITE O SÍTIO HISTÓRICO!

Aberto ao público de terça a domingo de 9h30 ás 16h30.

Ingressos R$ 4,00 e 2,00 

ALMOÇO NA 4ª BRIGADA DE INFANTARIA MOTORIZADA

CUMPRINDO UM DE SEUS OBJETIVOS DE COMANDO, ESTREITAR RELAÇÕES COM A SOCIEDADE CIVIL, O GEN OTÁVIO SANTANA DO RÊGO BARROS, COMANDANTE DA 4ª BRIGADA DE INFANTARIA MOTORIZADA, BRIGADA 31 DE MARÇO, RECEBEU PARA UM BATE PAPO INFORMAL, VISITA AO AQUARTELAMENTO E ALMOÇO, UM GRUPO COMPOSTO POR VEREADORES LOCAIS.

DURANTE ALGUMAS PRAZEROSAS HORAS, O GENERAL E SEUS CONVIDADOS PUDERAM CONVERSAR SOBRE ASSUNTOS DIVERSOS LIGADOS A VIDA MILITAR E SOBRE PROJETOS DESENVOLVIDOS NA CÂMARA DE JUIZ DE FORA.

ACOMPANHARAM OS CONVIDADOS ALGUNS COMANDANTES DE ORGANIZAÇÕES MILITARES SEDIADAS EM JUIZ DE FORA, ENTRE ELES TEN CEL AUGUSTO PEREZ, DO 4º GRUPO DE ARTILHARIA DE CAMPANHA, TEN CEL SÉRGIO MARRAFÃO, CAMPO DE INSTRUÇÃO, TEN CEL DANIEL TAVARES, 10º BATALHÃO DE INFANTARIA, TEN CEL WARLEY ABREU, 17º BATALHÃO LOGÍSTICO E O CEL MALBATAN LEAL, CHEFE DA COMUNICAÇÃO SOCIAL DA 4ª BRIGADA DE INFANTARIA MOTORIZADA.

O GRUPO DE VEREADORES FOI CONSTITUÍDO PELO PRESIDENTE DA CÂMARA, PASTOR CARLOS, JOÃO DO JOANINHO, JOSÉ EMANNUEL, ANA DO PADRE FREDERICO, JOSÉ TARCÍSIO E JOSÉ SÓTER FIGUEIRÔA, AUTOR DO PROJETO QUE CONCEDEU O TÍTULO DE CIDADÃO HONORÁRIO DE JUIZ DE FORA AO CEL MALBATAN LEAL E QUE SERÁ ENTREGUE NO DIA 26 DE ABRIL DE 2012, ÀS 19H30, NO PLENÁRIO DO PALÁCIO BARBOSA LIMA.

FISCALIZAÇÃO A POSTOS DE COMBUSTÍVEIS EM JUIZ DE FORA LEVA PROPRIETÁRIO PARA O CERESP


Treze postos de gasolina de Juiz de Fora foram fiscalizados, pelo menos duas bombas de etanol lacradas e o proprietário de um dos estabelecimentos preso em flagrante, ontem, durante a operação "Combustível". A ação é um trabalho conjunto de Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC), Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Procon Estadual, com o apoio dos Ministérios Públicos de São Paulo e do Rio Grande do Sul, Agência Nacional de Petróleo (ANP), Receita Estadual, e as polícias Militar e Rodoviária Federal e Estadual.
A ação fiscal integrada está sendo realizada em várias regiões de Minas Gerais. Segundo o auditor e delegado fiscal da Receita em exercício, Alexandre Lima, cerca de 15 postos foram fiscalizados na Zona da Mata. "Nesta operação, a Receita é responsável pelo levantamento quantitativo das mercadorias, pela verificação do programa aplicativo do emissor de cupom fiscal e pela análise de dados cadastrais. A princípio, não tivemos nenhuma ocorrência neste sentido."
A assessoria de comunicação do Ministério Público informou que os materiais coletados (fiscal e combustível) serão encaminhados para Belo Horizonte, onde serão analisados. O balanço da operação será divulgado na próxima semana. De acordo com informações da Receita Estadual, o combate à adulteração de combustíveis automotivos tem como objetivo defender os interesses do consumidor, por um produto de boa qualidade, do mercado, por um ambiente de concorrência leal, e do Estado, em garantir o abastecimento regular dos produtos destinados à população, zelar pela boa arrecadação dos impostos e manter a ordem pública.
Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro), Carlos Alberto Jacometti, a fiscalização deve fazer parte da rotina e ser bem aceita pelos empresários. "Este tipo de operação tem que ocorrer sempre, com todas as categorias. É necessária esta verificação para a tranquilidade do consumidor em relação ao produto que está adquirindo."
A Operação Combustível continuará e prevê a realização de blitze em 15 pontos fixos ( postos fiscais, postos da Polícia Rodoviária Federal e do Corpo de Bombeiros) para a verificação de documentação, realização de testes de qualidade dos combustíveis e coleta de amostra de solventes. Ao todo, 165 postos revendedores, localizados em diferentes municípios, serão visitados para análise da situação cadastral do contribuinte, materiais comercializados e realização de medições, verificação de registros e conferência das notas fiscais eletrônicas.

quinta-feira, 22 de março de 2012

TRIBUNA DE MINAS - 23.03.12


ENTREVISTA COM ROMÁRIO


Amigos, o Baixinho fala por si. Confiram essa ótima entrevista concedida à jornalista Renata Betti, de VEJA, publicada na edição da revista que está nas bancas.
“ELES NÃO QUEREM SABER DE NADA”
Ele foi craque nos gramados, mas quando chegou à Câmara dos Deputados viu que o jogo ali era mais bruto que o dos zagueiros desleais que enfrentou. O “baixinho”, porém, não desiste
Eleito com 147 mil votos pelo Rio de Janeiro, Romário, 46 anos, chegou à Câmara dos Deputados em Brasília, no ano passado, com o afiado instinto de artilheiro que fez dele um dos maiores craques do futebol brasileiro em todos os tempos. Romário, porém, logo descobriu que seria difícil jogar naquele campo.
“Aquilo ali é o palco que uma panelinha de políticos usa para dar show na TV”, diz o deputado de primeira viagem do PSB, que, descrente da política partidária, concentrou sua ação parlamentar na defesa da causa dos deficientes brasileiros.
São de sua autoria duas iniciativas que melhoram a renda e dão mais garantias a eles.
Desde que Ivy, sua sexta filha, fruto do terceiro casamento, nasceu com a síndrome de Down, há sete anos, Romário se entregou a ela e à luta para tornar melhor a vida das pessoas portadoras de necessidades especiais.
Disse Romário a VEJA: “Essa menina mudou minha vida”.

Como é sua vida como deputado em Brasília?
Evito frequentar os mesmos lugares que os políticos. Na verdade, fujo deles. Não é por nada, não, mas, com exceção de um ou outro, prefiro esbarrar com essa turma só mesmo nos corredores do Congresso.

Não são boas companhias?
Fiz amizade com um pessoal, mas, vou lhe dizer uma coisa, ali só uma minoria de gente vale a pena conhecer. De mais de 500 deputados, uns 400 não querem saber de nada. Nada mesmo. Dão as caras, colocam a digital para marcar presença e se mandam. Vejo isso o tempo todo.
Virou cena tão comum que ninguém demonstra um pingo de constrangimento em fazer o teatro. Muita gente ali ocupa cargo de líder, é tratada como autoridade, mas está no quarto, quinto mandato e nunca propôs nem uma emendazinha.
Como pode? Passam anos no bem-bom do poder sem cumprir uma vírgula do que prometeram. Mas, quando vão à tribuna, os caras falam bonito que só vendo.

Qual é o estilo Romário na tribuna?
Até hoje, consegui falar duas vezes porque fui sorteado. Tirando o sorteio, só dá para iniciantes como eu terem acesso à tribuna nos horários em que o plenário está às moscas. É a panelinha que manda.
Os donos do microfone são os líderes e os deputados com mais tempo de casa. Eu mantenho o estilo Romário, sem muita firula nem enrolação. Às vezes, me embaralho com o nome das coisas. É muita sigla e título para decorar: “Vossa excelência” para cá, “líder” para lá.
Se tenho dúvida, pergunto para alguém do meu lado ou procuro a resposta na internet. Até aí, tiro de letra. Mas a tribuna ainda é um lugar muito estranho para mim.

Estranho por quê?
O debate não segue uma linha lógica de raciocínio porque a maior preocupação ali é dar show para a televisão. Outro dia, um deputado começou a falar de salário mínimo. Aí, um outro chegou e ficou discursando sobre a ponte que tombou na cidade dele.
Ou seja, a conversa não chegou a lugar nenhum. Uma loucura.
Quando pisei lá pela primeira vez, aquilo me deprimiu. Queria fugir. Pensava o tempo todo: “Cara, me meti numa roubada”.
Mas fui me acostumando e, mesmo com essas esquisitices, estou gostando. No Brasil, falou que é político, as portas se abrem na mesma hora.
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Em seu primeiro discurso: "microfone só com sorteio" (Foto: Ailton de Freitas / O Globo)
Aconteceu com você?
Mesmo sendo o Romário, antes eu ligava cinco, dez vezes para o Ministério do Esporte, em busca de parceria para alguns projetos, e ninguém me retornava. Agora, é completamente diferente.
Às vezes, leva um pouco de tempo, mas as pessoas me recebem, me ouvem. O poder atrai. Para aprovar minhas propostas, falei com ministro, líder da oposição, todo mundo.

Recebeu tratamento de deputado ou de celebridade do futebol?
No começo, não teve jeito. Entrei para o grupo das “celebridadezinhas” do Congresso. Fazer o quê? Mas acho que já me distanciei bastante daquele grupo. Tem cara famoso ali só esquentando cadeira.
Nunca dá o ar da graça no plenário nem faz nada de útil. Até daria nome aos bois, e olha que não são poucos, mas, sabe como é, daqui a pouco preciso do apoio de um e outro e acabo pagando caro pela língua.

Você foi bem recebido pelo alto clero, os caciques da Câmara dos Deputados?
Me dou mais com os novatos e com o pessoal da pelada (entre eles, o ex-boxeador Popó, do PRB-BA, e o ex-goleiro do Grêmio Danrlei, do PSD-RS). Agora, vamos combinar que essa coisa de alto e baixo clero não tem valor nenhum.
De fora, todo mundo acha que lá no alto está a nata da nata, mas isso é balela. O que mais tem no andar de cima é gente que não se coça para nada, quando não sai por aí se metendo em pilantragem.

Pelo que você viu até agora, dá para fazer carreira na política?
Talvez. Fizeram, no ano passado, uma pesquisa de intenção de voto para a Prefeitura do Rio e eu apareci com 6% logo de saída. Fiquei animado, mas o meu partido decidiu apoiar o Eduardo Paes (PMDB) e eu desisti de concorrer desta vez.
Posso também seguir carreira de comentarista de futebol. É uma das profissões mais fáceis do mundo. O que mais tem por aí é palpiteiro que não entende nada do negócio se dando bem. Gente que, quando teve a chance de botar toda essa sabedoria em prática, no campo, só deu vexame.

O que acha da atual seleção brasileira?
Sempre gostei do trabalho do Mano Menezes, o atual técnico da seleção, mas se o time ficar nesse nível aí, jogando essa bolinha, talvez seja hora de pensar em mudar de treinador. Está duro ficar na frente da televisão vendo jogo do Brasil.
Ser técnico de futebol é bem mais complicado do que ser comentarista. Eu treinei o Vasco por dois jogos e saí com a certeza de que não levo jeito para a coisa. É muito ego de jogador para administrar.
Sinceramente, se aparecesse um Romário na minha frente, não conseguiria aturar o cara.

Por quê?
Eu era muito chato.
Para começar, me achava o máximo. Passava dos limites e não estava nem aí. Se era o melhor, queria os meus privilégios. Cada um que conquistasse os seus. Mulheres na concentração era o básico. Com 18 anos, virei milionário e fiquei completamente deslumbrado. Era um favelado e, de repente, podia escolher carro, casa, roupa de marca. Tinha a mulher que eu quisesse.
Por isso, entendo o comportamento de um jogador como o Neymar. Ele sou eu uns vinte anos atrás.
É um tipo diferente do Adriano, por exemplo.
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"O Adriano gosta de voltar para as raízes. O Neymar sou eu, 20 anos atras"
Em que o Neymar e o Adriano são diferentes?
O Adriano gosta de voltar para as raízes. Prefere viver na comunidade a morar no Leblon. Aliás, comunidade não. É favela mesmo. E ali, claro, tem mais risco de se envolver com problemas.
Eu às vezes visito a favela onde nasci, o Jacarezinho, na Zona Norte do Rio de Janeiro, mas prefiro viver na Barra da Tijuca, com a rede de futevôlei a dez passos do meu apartamento e do lado do shopping onde compro meus ternos Armani.

Por que deixou de pagar a pensão de uma de suas ex-mulheres?
Por uma questão matemática. Para mim, dez dividido por dois é cinco. Para a Mônica [sua primeira mulher], é oito. Vai fazer o quê? Toda semana tenho de comparecer a alguma audiência porque ela me colocou na Justiça. Já virou rotina.
Esse foi meu primeiro casamento. Eu tinha 20 e poucos anos. Pode ter gente que não bota fé nisso, mas mudei muito com o nascimento da minha filha caçula, a Ivy.

Qual foi sua reação quando soube que ela nasceu com síndrome de Down?
Fiquei em choque nas primeiras horas depois do parto. A Isabella [mãe da menina] tinha feito dois exames no pré-natal. O primeiro indicava que o bebê tinha um risco razoável de nascer com Down. O segundo praticamente descartou a hipótese. Então, não estava preparado para aquilo.
Quando o médico me avisou, eu me perguntava: “Por que isso foi acontecer logo comigo? O que eu fiz de errado?”. Já tinha cinco filhos, todos eram normais.
Eu mesmo quis dar a notícia à Isabella. Disse: “Nossa menininha nasceu diferente”. Ela sorriu, emocionada, e respondeu: “Calma, vai ficar tudo bem”. A reação dela me deu muita força.
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"Essa menina mudou minha vida" (Foto: VEJA.com)
Em algum momento você pensou em esconder a situação?
Nunca. O médico ainda não tinha nem diagnosticado qual era a síndrome de Ivy quando deixei o hospital e fui treinar. Naquele tempo eu jogava no Vasco. Convoquei a imprensa e contei: “Minha filha nasceu. Ela não é perfeita, mas estou muito feliz”.
Desde o começo, tive o instinto de deixar tudo bem transparente. Se o próprio pai age com preconceito, escondendo a criança, ela vai ter pouca chance de ter uma vida legal.
Sei de muitos pais que rejeitam o filho com Down, a ponto de não saírem de casa com ele. Pagam uma babá e deixam a criança de lado, como se não fosse sua.
Depois que comecei a me envolver nesse mundo, descobri umas celebridades que têm filhos assim e jamais trouxeram o assunto à tona. Não dou os nomes por respeito, mas acho uma pouca-vergonha.

É angustiante perceber limitações em sua filha?
As expectativas precisam se ajustar, claro. A Ivy tem o tipo mais brando de Down, a síndrome de mosaico, e se vira muito bem.
Os primeiros quatro anos de vida foram os mais difíceis. Ela fez fisioterapia intensiva, porque tinha a musculatura mais fraca. Ainda vai à fonoaudióloga e à natação. Fiz e faço tudo o que posso pela Ivy.
Hoje com 7 anos, conta até 100 em português, até 20 em inglês, identifica as cores e até as marcas de carro. Na escola, está só um ano atrasada.

O que sabia sobre a síndrome de Down antes de ela nascer?
Nada. Quando o problema não é com você, ele não o sensibiliza. Depois que ela nasceu, comecei a conversar com outras famílias e a ler tudo sobre o assunto.
Ainda bem que tive minha filha numa fase menos baladeira. Crianças assim precisam de muito carinho.

Ela sofre preconceito?
Na minha frente, ninguém nunca teve coragem de manifestar. Mas as pessoas no Brasil ainda olham diferente para os deficientes. Felizmente, o assunto está aos poucos deixando de ser tabu.
É uma de minhas bandeiras no Congresso e em casa. A Ivy é a primeira a falar sobre sua síndrome. Outro dia, a gente estava andando na rua quando cruzamos com uma menina que também tinha Down.
Minha filha comentou na mesma hora: “Papai, olha, essa garota é igual à Ivy?”. Perguntei como sabia disso, e ela apontou para o próprio rosto, orgulhosa, dizendo: “Porque ela é assim”.

O que muda na CBF com a renúncia do presidente Ricardo Teixeira?
Nada.
Basta dizer que o novo presidente, o José Maria Marin, surrupiou uma medalha dos meninos do Corinthians na caradura. Botou no bolso e levou para casa.
Não tenho nenhuma ilusão. Trocamos um ruim por outro pior. Que diferença faz? Eu nunca escondi minha aversão à figura do Ricardo Teixeira e não é agora que vou dar uma de elegante.
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"Para mim, não muda nada na CBF. Foi a troca de um ruim por outro pior"
Por que você brigou com Ricardo Teixeira?
É uma história antiga. Um dia, antes da Copa do Mundo de 2002, ele apertou minha mão bem firme, olhou nos meus olhos e disse, com aquela pose de mandachuva: “Romário, você está dentro do time”.
Ainda perguntei se o Felipão [o então técnico da seleção Luiz Felipe Scolari] não ia se opor. Era direito dele não querer me escalar. Teixeira respondeu: “Eu mando nisto aqui. Pode fazer as malas”.
Três dias depois, meu nome estava fora da lista de convocados. Nunca mais me dirigi ao Ricardo Teixeira. O cara não tem palavra.

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, exagerou nas críticas que fez à organização da Copa no Brasil?
Ele foi arrogante e mal-educado, o que não me surpreende, mas está certo no que diz.
Nosso atraso é absurdo mesmo. A Copa até vai sair do papel, mas vão erguer uns puxadinhos aqui, fazer umas maquiagens ali. Tudo mais caro do que deveria por causa da pressa. Muita gente se beneficiará disso. Pode escrever.
Vai chover obra emergencial sem licitação e a corrupção vai correr solta. Como deputado, pretendo acompanhar o processo de perto e escancarar a bandalha.