quinta-feira, 4 de julho de 2013

Secretaria Nacional do Idoso e Plano de Saúde do Aposentado são rejeitados pelo Governo


Ministros frustram dirigentes aposentados ao anunciar decisões de Dilma


 
A verdade seja dita: ninguém saiu satisfeito da reunião realizada nesta manhã desta quarta-feira em Brasília no Ministério da Previdência Social. Somente três pautas foram debatidas pelos representantes do governo com as lideranças das entidades de aposentados.

Questões importantes como "Fator Previdenciário", "Reajsute 2014" e "Recomposição das Aposentadorias" ficaram para serem discutidas em outra ocasião.

O governo se fez representado pelos ministros Gilberto de Carvalho e Garibaldi Alves, que estavam assessorados por José Lopes Feijóo, Carlos Eduardo Gabas, Elisete Belchior, Leonardo Rolim.
O Ministério da Saúde enviou técnicos para efetuar uma exposição sobre os programas de medicamentos destinados à população idosa. As entidades reivindicaram a inclusão de outros remédios nesta lista. O governo sinalizou de forma positiva.

Foi constituído um grupo de trabalho para detalhar esse assunto, cuja primeira reunião será realizada no dia 13 de agosto na sede do Ministério da Saúde.

A COBAP e outras entidades representativas do mesmo segmento, exige uma solução imediata para que os médicos do SUS receitem somente medicamentos que estejam disponíveis gratuitamente nas farmácias e postos de saúde (o que não ocorre atualmente).

"Queríamos um plano de saúde especial para os idosos e que coubesse no bolso, utilizando a estrutura dos hospitais públicos e das santas casas. Enquanto isso não se concretiza, nós aposentados vamos morrendo dia após a dia", disse o presidente Warley Martins.

O ex-sindicalista José Lopez Feijóo,  assessor especial no Palácio do Planalto, explicou que, o governo como ente público não poderia patrocinar a saúde privada. "É possível somente que o Ministério da Saúde direcione energia para melhorar o Plano Nacional de Proteção à Saúde do Idoso", justificou Feijóo. 

DOS MALES O MENOR 

Fruto dessa reunião foi a iniciativa do Governo Federal em anunciar brevemente o custeio da especialização de médicos brasileiros nas áreas de Ortopedia, Cardiologia, Ginecologia, Pediatria e Geriatria.

Atualmente, em todo o território nacional, existem somente 300 médicos geriatras para atender uma massa de idosos que já ultrapassa 10% da população brasileira.

Em referência ao pedido de criação da Secretaria Nacional do Idoso, o ministro Gilberto Carvalho descartou essa possibilidade, jogando um balde de água fria nas entidades de aposentados.

"Podemos até retrabalhar a questão deste setor especial ao idoso, que já está contido de certa forma na Secretaria Nacional de Direitos Humanos. Em razão destas manifestações, não há nenhuma condição política para criar uma nova estrutura dentro do governo. Podemos somente discutir uma estrutura mínima. Não temos pretensão, nem condições neste momento de criar outra secretaria específica para o idoso. Aliás, a presidente Dilma teve anunciar uma redução de órgãos, secretarias e talvez até ministérios", adiantou o homem forte do governo.



Revoltado, o dirigente aposentado João Inocenttini (Força Sindical), respondeu duramente ao ministro: "Existem 13 ministérios com dinheiro marcado e carimbado a ser destinado às políticas públicas para o idoso. Mas eles não têm projetos e esse dinheiro acaba voltando para o Tesouro da União. Lamento esse não do governo, não tem justificação, é uma incoerência", protestou.    

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