segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Eduardo Cunha, o PT e a "bomba" do orçamento impositivo

Para o PT, pior do que ser obrigado a executar as emendas individuais é pagar R$ 75 bilhões das emendas de bancadas

cunha-comemora-blog.jpg
Eduardo Cunha comemora vitória na Câmara


A eleição de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a presidência da Câmara foi considerada uma “catástrofe” para os petistas. Enquanto o peemedebista comemorava a ampla vitória – 267 votos contra 136 de Arlindo Chinaglia (PT-SP) –, os parlamentares do PT se reuniam em pequenos grupos para definir estratégias para barrar uma pauta bomba: o orçamento impositivo para emendas de bancada.

O orçamento impositivo para as emendas individuais é uma realidade que o governo teve que aceitar. Para este ano, o custo das emendas nominais é de R$ 9,7 bilhões. Em tempos de austeridade, o governo não pretendia ver a despesa fixada no orçamento. Mas pior do que ser obrigado a executar as emendas individuais é pagar R$ 75 bilhões das emendas de bancadas. “Nós vamos ter que conversar mais, pegar cada petista e dar um banho de paciência. Catástrofe pior do que esta foi o que Mahatma Gandhi enfrentou na Índia. Quando ele (Cunha) colocou este assunto do orçamento impositivo das emendas de bancada, assustou muito”, afirma o deputado Sibá Machado (PT-AC), que será o novo líder do PT na Câmara.

Ao deixar a Casa, Chinaglia não escondia estar atônito com o resultado. Em entrevistas, falou sobre posicionamento do partido na Mesa, ignorando que a derrota de seu bloco deu ao grupo que apoiou Eduardo Cunha os principais cargos da direção da Câmara e o poder de indicar as presidências das comissões. “Nós não temos vagas na Mesa”, interpelou o deputado Henrique Fontana (PT-RS), explicando a Chinaglia que a derrota para o PT havia sido total.

*Por Josie Jeronimo
http://www.istoe.com.br/colunas-e-blogs/coluna/402752_EDUARDO+CUNHA+O+PT+E+A+BOMBA+DO+ORCAMENTO+IMPOSITIVO

Nenhum comentário:

Postar um comentário