sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Pódio fardado: Brasil é campeão mundial de pentatlo militar masculino.


Equipe masculina conquista primeiro lugar e feminina o segundo no 63º Mundial de Pentatlo Militar, na Áustria. 
A competição é dividida em cinco provas: tiro, natação, lançamento de granada e corridas, com obstáculos e em terreno irregular.
Mulheres ficam em segundo no feminino

http://vindodospampas.blogspot.com.br/2016/08/podio-fardado-brasil-e-campeao-mundial.html

ANIVERSÁRIO DE AMIGOS - CEL CARLOS ALBERTO PIMENTEL




Trajetória Paulinho Enfermeiro, candidato a vice-prefeito em Matias Barbosa

Francisco de Paula da silva, mais conhecido como Paulinho Enfermeiro, nascido em 9 de Setembro de 1967 na cidade de Pequeri - MG. Em 1972 iniciou seu estudo na Escola Estadual Antero Dutra e no ano seguinte mudou-se para Matias Barbosa, onde deu continuidade aos estudos na Escola Municipal Marieta Miranda Couta, no bairro Nossa Senhora da Penha, e o ensino médio na Escola Estadual Cônego Joaquim Monteiro. Posteriormente seguiu para o curso Técnico de Enfermagem no Colégio Pio XII. 
Logo após se formar foi trabalhar na santa casa de misericórdia, também trabalhou na Cotrel, Casa de Saúde, HTO, Centrocor e Clínica São Domingos, todas em juiz de fora, além do Prontocoords em Cataguases - MG. Trabalhou também na Climab em Matias Barbosa e atualmente trabalha na Demlurb pela Prefeitura de Juiz de Fora. Sempre em Matias Barbosa com sua família por conta de seu amor a Cidade.  
Após o matrimonio, passou a residir no Bairro Monte Alegre, Casado com Aparecida das Graças F. Lima Silva, Pai de Amanda F. Lima Silva, para alegria e orgulho dos pais, filha que acaba de iniciar os estudos na faculdade de medicina pela UFJF. 
Neste Bairro movimentado que aprendeu a gostar e onde conquistou inúmeras amizades, aqui, deu início a jornada política, sonho que alimentava desde  juventude.  
Iniciou sua vida política em 1996 pelo PDT, saindo vencedor com 141 votos, atuando de 1997 à 2000 como vereador. Em seguida migrou-se para o PP onde saiu-se vencedor com expressiva votação de 357 votos. Já em 2012 tentou a reeleição, onde obteve 241 votos, fincando na suplência. Em 2015, orgulhosamente buscando sua origem filiou-se no PC do B. 
Durante seus mandatos como vereador, sempre atuante, realizou diversas intervenções, podendo destacar as maiores:
1.O requerimento para a construção do “escadão” no final da rua Assis Chateaubriand, no bairro Monte Alegre;
2.Junto ao governo municipal e à Cemig, solicitou a extensão da iluminação pública nos bairros Monte Alegre, Mirim e Nossa Senhora da Penha;
3.Pensado no transporte público, foi autor da indicação para que o bairro Nova Cidade fosse inserido no itinerário Ponte do Zamba / Vista Alegre.
4.Lutou contra o aumento de passagens e pela falta de qualidade no transporte intermunicipal, buscando melhorias e soluções junto a Secretaria de Transporte no Governo Estadual;
5.Indicou também junto a Secretária de Assuntos Municipais, em Belo Horizonte, a solicitação de uma obra de proteção na MG-874 (União e Industria), no córrego que transpõem a estrada supracitada;
Por suas diversas e constantes atuações, foi agraciado com o Troféu JK, “Transformadores 2009/2010” pelo IEPAP (Instituto de Estudos e Pesquisas na Administração Pública) e com as medalhas “Imperador Dom Pedro II”, colar de ouro, em 2011 e em 2012, foi agraciado com o colar de prata “Medalha Presidente Tancredo Neves”. 
Esta breve biografia apesar de simplória, apresenta o compromisso do Paulinho Enfermeiro com o povo matiense e o reconhecimento que teve pelo Instituto Tiradentes com as medalhas conferidas apenas a políticos com aprovação criteriosa que possuam ilibada reputação ética-moral e significativos trabalhos prestados à comunidade.

Nota do editor: Foi soldado do Exército no 4º GAC, um excelente profissional com quem tive a honra e o satisfação de trabalhar por dois anos.


quarta-feira, 17 de agosto de 2016

IMBEL, FÁBRICA DE JUIZ DE FORA - COMUNICADO OFICIAL


NOTA DE ESCLARECIMENTO 

Brasília, 16 de agosto de 2016 

Por volta das 23h de 3ª feira, 16 de agosto, ocorreu uma explosão no paiol nº 1 da Fábrica de Juiz de Fora, sem a ocorrência de vítimas. 

A equipe de controle de danos da fábrica e o Corpo de Bombeiros isolaram a área e realizaram o rescaldo do incêndio gerado pela explosão. 

A instalação localizada em área afastada de locais de circulação de pessoas e da área urbana destina-se ao armazenamento de explosivos, cujas condições de temperatura e umidade são permanentemente controladas. 

A despeito da intensidade da explosão, o projeto de construção do paiol, em conformidade com as normas técnicas vigentes, fez com que ela se desse de forma verticalizada e que a onda de choque resultante fosse contida pela existência de uma barreira de terra circundante. 

Foi determinada a abertura de inquérito técnico-administrativo interno a fim de apontar as causas do acidente. 

A IMBEL está tomando as medidas necessárias ao restabelecimento da normalidade e tranquiliza a população Juiz – Forana, assegurando que todos os requisitos de segurança previstos para as atividades de suas unidades de produção são rigorosamente cumpridos. 

Por fim a empresa reitera o seu firme compromisso com a segurança dos seus empregados, das comunidades circunvizinhas e do patrimônio sob sua responsabilidade. 

Assessoria de Comunicação Institucional

Paiol da Imbel, fábrica de material bélico, explode em Juiz de Fora, MG


Um paiol da Indústria de Material Bélico do Brasil (Imbel) de Juiz de Fora, em Minas Gerais, explodiu na noite desta terça-feira (16). No momento da explosão, que ocorreu por volta das 23h, não havia ninguém no paiol.

A empresa fabrica armas, munições, explosivos e equipamentos. Segundo informações preliminares obtidas pelo G1, não há registro de feridos na empresa, já que o paiol fica distante da área fabril da Imbel.
A força da explosão quebrou vidros de janelas de casa no entorno da fábrica, no Bairro Araújo. O local foi isolado pela Defesa Civil e pela Polícia Militar (PM). Uma perícia está sendo feita na área do acidente com a ajuda de um drone.
http://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2016/08/paiol-de-fabrica-de-material-belico-em-mg-explode.html


Nota do editor: De acordo com o Cel Malbatan Leal, Assessor de Comunicação da Imbel, não houve feridos, somente danos materiais. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil estão no local para verificações de praxe e apuração do ocorrido. Toda área está isolada preventivamente.

O paiol que explodiu fica no fundo da Fábrica e as apurações serão feitas pelo Exército com ajuda do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil de Juiz de Fora

terça-feira, 16 de agosto de 2016

UMA RESPOSTA AO TREINADOR DO ARTHUR ZANETTI

Wagner Romão, oficial do Exército Brasileiro

Ô, Goto!!! Que coisa hein!!! Você nunca consegue deixar seu atleta brilhar mais que você, né!? Vira e mexe você solta uma pérola. Mas não é que dessa vez você estava certo? Pois é. Enquanto tem um monte de gente criticando sua declaração a respeito do Programa de Atletas de Alto Rendimento das Forças Armadas (PAAR), eu vou te dar razão.



Sabe por que? Porque realmente não é missão das Forças Armadas preparar atletas de alto rendimento para o país. Claro que não. Basta ler lá na Constituição Federal, em seu Art. 142, e com certeza você não encontrará nada escrito sobre competir jogos olímpicos, pagar salário pra atleta e etc.




Ou seja, você está correto. 




E de quem seria a missão? Essa é fácil né? Clubes, federações, confederações, comitê olímpico, ministério do esporte, secretaria de alto rendimento e por aí vai. 
Menos as Forças Armadas.




Aí entramos no “x” da questão. Que diabos esses atletas estão fazendo nas Forças Armadas?




Bom, se você leu as missões das Forças Armadas naquele artigo que citei, verás que uma delas é a defesa da Pátria. Ou seja, é missão das Forças Armadas defender seu país. Para isso temos pessoal, material, doutrina, preparação, adestramento, tudo voltado para esse fim.




Falando mais especificamente de pessoal, você sabe qual é uma das principais ferramentas no adestramento da tropa? Não sabe? Então, te respondo. É o desporto.




É no desporto que desenvolvemos preparação física de nossos soldados. É no desporto que desenvolvemos atributos que jamais conseguiríamos simular em tempos de paz, como: coragem, lealdade, camaradagem, espírito de grupo, iniciativa, disciplina, hierarquia, respeito, capacidade de superação, entre tantos outros. 




Nem preciso te explicar isso, né? Você sabe muito bem que a mesma disciplina de um atleta de alto rendimento, a mesma dedicação, a mesma coragem, a mesma capacidade de superar obstáculos, buscamos em nossos soldados.




A diferença, Goto, é que você é técnico de não sei quantos atletas. Dez? Quinze?




Nós temos que formar 250 mil desses aí. Só no Exército. Bastante, viu? Juntando Marinha e Aeronáutica dá muito mais. Pois é. É bastante. Eu pelo menos acho.




Pra fazer esse povo todo se manter em atividade física diária, condicionado física e mentalmente, e em condições de cumprir aquela missão constitucional, utilizamos vários métodos. Corrida, natação, treinamentos em circuito, esportes individuais, coletivos, competições internas, externas, somente dentro do Exército, entre as Forças Armadas do Brasil, entre as Forças Armadas do mundo. Enfim, é no desporto que fazemos essa máquina girar.




Sendo bem sincero e te revelando o primeiro segredo, o PAAR é um programa voltado pras nossas Forças Armadas. Nosso objetivo é seguirmos a preparação que somos exigidos por lei. Pode parecer egoísta, mas não é. É que focamos em nossa missão. 




Mas você deve tá se perguntando até agora “po, esse cara falou, falou, falou, mas até agora ainda não respondeu por que meu atleta é um militar”.




Então vamos lá. Que rufem os tambores!!!!! 




Sabe por que?




Porque trazendo esse camarada para as fileiras do Exército, Marinha e Aeronáutica, ele passa a ser mais um integrante nessa busca diária em mantermos esses 250 mil militares motivados a treinar. E não só isso. 




Eles participam de nossas competições internas, dão aula em escolas de formação, dão palestras para nossos militares, dão clínicas esportivas na Escola de Educação Física do Exército, eles participam de formaturas, desfiles, eventos militares. Ou seja, passam a fazer parte de um núcleo nas Forças Armadas que é responsável por manter todos esses mais de 300 mil motivados com a atividade física.




É através das competições esportivas, que começam lá no pelotão com 30 homens, que vemos esse grupo ganhar coesão, espírito de corpo. É no vôlei, no futebol, no cabo de guerra, na natação, numa prova de revezamento. É lá que a gente vê o camarada brigar, chorar, se esforçar até a exaustão.




Portanto, com essa explicação já batemos dois objetivos do PAAR: estimular a prática esportiva de nosso público interno e transmitir conhecimento para nossos militares.




Agora vem a sua pergunta capciosa né? Vai, pode fazer que eu sei que ela vem.
- E nas Forças Armadas tem argolas? 




Pois é. Não temos ginastica olímpica, apesar de termos em colégios militares e utilizamos muita técnica de transposição de obstáculo com corda. Mas você acha mesmo que o seu atleta, campeão olímpico, manja somente de argolas? Se você pensa que sim, peço desculpas. Você está sendo injusto com ele. 




Um campeão olímpico é simplesmente um camarada que superou todos os habitantes do mundo naquilo que ele se propôs a fazer. Tá bom ou quer mais? 




Sendo sincero mais uma vez, eu quero esse cara na minha empresa. Eu quero esse cara na minha instituição. Eu quero que esse cara passe exatamente esses valores aos meus homens, aos meus soldados, aos meus alunos dos Colégios Militares. Isso faz parte do meu objetivo. Manter minha tropa motivada para a prática da atividade física, mas também, transmitir conhecimento. Em argolas? Em qualquer coisa. A maioria dos esportes do programa servem para desenvolver atributos da área afetiva. Portanto, seu atleta tem um valor que talvez você não esteja enxergando. Mas nós enxergamos esses valores nele, ou neles.




Mas seguimos em frente. Já falamos de dois objetivos.




Um outro objetivo é representar as Forças Armadas em competições nacionais e internacionais.


Lembra que eu falei que a máquina gira com competição esportiva? Pois é. E ela ocorre em todos os níveis. No nível mundial, ela é utilizada mais como uma ferramenta de amizade através do esporte do que outra coisa. E funciona muito bem. Você já deve ter visto uma coreana do norte tirando uma foto com uma coreana do sul e por aí vai. Pois então. É isso. O lema maior do desporto militar é “Amizade através do esporte”. Olha que bacana. O seu atleta passa a ser um meio de levar esse lema para todo mundo. E em competições militares. O fato de sermos Forças Armadas não quer dizer que queremos uma guerra. Pelo contrário. Trabalhos justamente pela manutenção da paz.



Um quarto objetivo é projetar força, mas esse vou pular porque não vai nos interessar agora.




E o último objetivo, pode acreditar, é colaborar com o desenvolvimento do desporto nacional. Veja bem. Para que tudo isso que eu falei acima ocorra, esse militar (atleta) recebe um soldo, obviamente; um plano de saúde, que todos os militares possuem e pagam por isso, inclusive eles; os direitos e deveres de qualquer militar (por isso o corte de cabelo, a barba bem feita, a continência a bandeira, o culto aos nossos símbolos nacionais); a utilização de nossas instalações esportivas; e por aí vai. 




Ou seja, indiretamente, nós acabamos colaborando com o desenvolvimento do desporto nacional. Percebeu? INDIRETAMENTE.




Já leu sobre o SPLISS. Os pilares básicos para se tornar potência olímpica. Apoio financeiro, instalação esportiva, ciência, e por aí vai? Então. Temos tudo nas Forças Armadas.




Ah, nossas instalações esportivas não são de ponta porque somos ricos não. É que nosso ginásio que foi construído em 1936 ainda tá de pé e inteirinho. Se chama Leite de Castro e fica na Escola de Educação Física do Exército. Foi o primeiro ginásio da América do Sul e a EsEFEx a primeira escola de educação física do Brasil. 




Tá pegando a matéria?




Nós temos porque cuidamos. Por isso temos pista de atletismo, piscina olímpica, campo de futebol, estande de tiro, quadras e etc. O Bernardinho treina lá nesse ginásio. Há pelo menos 14 anos, eu acho. Ou até mais. É um dos que ajudam a cuidar.




Nossas pistas de atletismo estão lá. Outras viraram estacionamento.




E por aí vai.




O salário do atleta tá lá também. Todo segundo dia útil do mês. As vezes tem bolsa que cai. Bolsa que não cai. O nosso tá lá.




Nosso plano de saúde tem assistência médica, odontológica, fisioterápica e laboratorial, em todo território nacional. Afinal de contas, deu problema em Natal, tinha tropa nossa lá. Deu problema em qualquer parte do Brasil, lá estaremos. O que vocês chamam de área de cobertura de plano de saúde ou lugar pra viver, nós chamamos de Brasil.




Eu mesmo já morei em tudo quanto é canto e até no exterior. Tudo pelo meu país e pelas Forças Armadas.




Mas eu falei tudo isso, querido Goto, justamente pra dizer que você tem razão. Não é mesmo missão das Forças Armadas formar atletas de alto rendimento para representar o Brasil em Jogos Olímpicos. 


Parabéns. Você está correto.



Cobre de quem tem essa missão.




A nossa é a defesa da Pátria, a garantia de seus poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem. 




E seu atleta, esse camarada espetacular, foi voluntário para fazer parte dessa equipe. Parabéns pra ele. E parabéns pra você que o ajudou a chegar onde chegou. Ele ajuda a desenvolver a instituição a qual faz parte, e nós, indiretamente, o ajudamos na sua caminhada.




E antes que fique a dúvida com relação as verbas do programa, nosso efetivo continua sendo o mesmo. A única diferença é que nós mudamos a qualificação dos militares que fazem parte das Forças Armadas. É como se sua empresa tivesse quarenta funcionários. Você diminuiu para trinta e contratou mais dez em outras especialidades. Ou seja, seu orçamento segue igual mas com outros profissionais, que a meu ver, você deve julgar importante para os objetivos de sua empresa. 




Bom, acho que era isso, amigo. Nos vemos em breve. Forte abraço e força na remada. 




Ah, já ia esquecendo. Países como EUA, Alemanha, França e Itália tem muito mais atletas militares que nós nos jogos olímpicos. Pode ter certeza. Mas lá é que legal, né? Nós somos só um país tupiniquim querendo alguns segundos de fama ao prestar continência pra nossa bandeira. 


Já já passa. 

Viva o país do outros. 

Viva!!!

https://www.facebook.com/wagner.romao.73?fref=nf

ANIVERSÁRIO DE AMIGOS - 16 DE AGOSTO DE 2016


Colunista Orlando Silva

Henrique Gonçalves

Sérgio Eduardo Garcia

14º GAC - DIA DO SOLDADO - CONVITE


CORRIDA DUQUE DE CAXIAS 2016 - INFORMAÇÕES


Campanha eleitoral mais curta dos últimos 18 anos começa nesta terça

Fernanda Calgaro e Filipe MatosoDo G1, em Brasília
Com o prazo para o registro das candidaturas encerrado nesta segunda-feira (15), os candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador nos 5.568 municípios brasileiros darão início nesta terça-feira (16) à campanha mais curta dos últimos 18 anos: 45 dias, em vez de 90.
O primeiro turno está marcado para 2 de outubro, e os candidatos terão, a partir desta terça, 45 dias para realizar comícios, distribuir material gráfico e organizar passeatas e carreatas.
Ao longo dos últimos dois anos, mudanças na lei eleitoral foram aprovadas pelo Congresso Nacional e sancionadas pelo governo.
Com as modificações, as campanhas, que antes começavam após 5 de julho (conforme a Lei 9.504/97), tiveram o início adiado para depois de 15 de agosto (de acordo com a Lei 13.165/15), o que reduziu o período de 90 para 45 dias.
Antes da eleição de 1998, a lei não especificava a duração das campanhas – apenas dizia que deveriam começar depois das convenções partidárias, que definem os candidatos que disputarão o pleito.
Durante as discussões da chamada “minirreforma eleitoral”, nas comissões do Congresso Nacional, tanto deputados quanto senadores defenderam encurtar o período de campanha sob a argumentação de que, para partidos e candidatos, as campanhas se tornarão mais baratas.
Para o coordenador da candidatura do prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) à reeleição, Paulo Fiorilo, a redução pela metade do período de campanha se tornou um "problema" porque, na avaliação dele, os candidatos terão "dificuldades" em divulgar suas propostas em um período mais "curto" e os eleitores terão menos tempo para decidir em quem votar.
"Acho que esse tempo de campanha ficou curto, e isso dificulta não só para o candidato, que vai ter pouco tempo para divulgar as propostas, mas também para o eleitor, que vai ter menos tempo para conhecer essas propostas. [...] Óbvio que vão ter os debates, o horário eleitoral e a campanha de rua, mas, mesmo assim, a redução do tempo geral de campanha vai dificultar", avaliou Fiorilo ao G1.
Inserções
Outra mudança aprovada pelo Congresso e que passou a entrar em vigor na eleição municipal deste ano está relacionada ao tempo de propaganda gratuita na TV e no rádio, que caiu de 45 dias para 35. Pelo calendário deste ano, definido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as inserções começarão no próximo dia 26.
Conforme o TSE, as emissoras de rádio e TV terão que reservar, a partir dessa data, dois blocos de dez minutos cada, duas vezes por dia, de segunda a sábado, para exibir as propagandas dos candidatos a prefeito – no rádio, a propaganda será veiculada das 7h às 7h10 e das 12h às 12h10; enquanto na TV a peça será veiculada das 13h às 13h10 e das 20h30 às 20h40.
No caso das inserções de 30 e 60 segundos, destinadas aos candidatos a prefeito e a vereador, o total diário será de 70 minutos de exibição, distribuídos ao longo da programação entre 5h e 0h – a proporção das propagandas será de 60% para candidato a prefeito e 40% para candidato a vereador.
Doação empresarial
Esta será também a primeira eleição em que as empresas estarão proibidas de fazer doações para os candidatos a prefeito e vereador. As campanhas só poderão contar com o financiamento de pessoas físicas. Além disso, os candidatos terão de obedecer a um limite de gastos.
Até a eleição passada, não havia restrições para os gastos de campanha e o valor era uma decisão dos próprios partidos políticos. Em municípios com até 10 mil eleitores, o limite de gastos para campanha a prefeito nesta eleição será de R$ 108 mil e para vereador, de R$ 10,8 mil.
No caso das cidades maiores, os candidatos a prefeito poderão gastar até 70% do valor declarado pelo candidato que mais gastou no pleito anterior, se tiver havido só um turno, e até 50% do gasto da eleição anterior se tiver havido dois turnos.
Os limites podem ser consultados no site do TSE e são diferentes para cada cidade e cargo (vereador e prefeito).
Na avaliação do secretário-geral do PSDB, deputado Silvio Torres (SP), a proibição à doação empresarial foi “positiva” por tornar as campanhas, no geral, mais baratas. Ao G1, ele disse, porém, que a mudança nas regras no último ano foi “abrupta” e “radical”, e os candidatos deverão ter “dificuldade” em arrecadar doações dos militantes.
“Até porque, sem a doação das empresas, acho que vai ser difícil para os candidatos conseguir a adesão dos militantes às campanhas de doação, especialmente em razão do clima que estamos vivendo com denúncias de corrupção envolvendo a classe política. Acredito que as pessoas estarão refratárias a doar para as campanhas”, disse Torres.
Especialista
Para o cientista político David Fleischer, professor emérito da Universidade de Brasília (UnB), as novas regras, como teto de gastos, campanha mais curta e proibição de doações empresariais, deverão baratear a disputa.
Na avaliação dele, os candidatos de partidos ligados a igrejas deverão sair beneficiados desse processo por conta das doações dos fiéis, que são um público “cativo”.
“Por ser uma campanha mais curta, eu acho que vai ser mais barata, mas os partidos que têm doadores cativos vão se beneficiar e serão justamente os partidos ligados a igrejas, porque os fiéis podem doar”, afirma.
Ele cita como exemplo o deputado federal Celso Russomanno (PRB-SP), candidato à Prefeitura de São Paulo, e o senador licenciado Marcelo Crivella (PRB-RJ), na corrida pela Prefeitura do Rio de Janeiro. Ambos são de um partido ligado à Igreja Universal e lideram as pesquisas de intenção de votos. “Eles são um exemplo de como terão muita vantagem porque os fiéis que vão doar”, sustenta Fleischer.
Por outro lado, Fleischer pondera que, até então, as campanhas eram geralmente sustentadas pelas doações de empresas e que agora os partidos terão que se desdobrar para conseguir dinheiro, o que poderá estimular o caixa dois - quando os valores recebidos não são declarados à Justiça Eleitoral.
O professor da UnB aponta ainda para a possibilidade de empresas usarem funcionários como laranjas para conseguir fazer as doações. “Vai ter mais caixa dois e mais laranjas no caixa um. Ou seja, uma empresa que quer doar R$ 1 milhão arruma 200 ou 300 pessoas com CPF para fazer as doações”, disse.
Redes sociais
Conforme mostrou o G1, com o veto do STF à doação empresarial para campanhas eleitorais, partidos como PMDB, PT, PSDB, PP e PR – os cinco com maior número de parlamentares no Congresso Nacional – decidiram priorizar o uso de redes sociais para incentivar doações de militantes na disputa municipal.
Dirigentes dessas legendas relataram, por exemplo, que utilizarão perfis no Facebook, Twitter e YouTube para mobilizar os militantes e incentivar suas doações. Na avaliação dos partidos, o custo de uma campanha que utilize essas ferramentas é relativamente “baixo” e, por terem inserção alta, podem incentivar as doações.
http://g1.globo.com/politica/eleicoes/2016/noticia/2016/08/campanha-eleitoral-mais-curta-dos-ultimos-18-anos-comeca-nesta-terca.html