terça-feira, 20 de junho de 2017

ASSOCIAÇÃO DOS OFICIAIS DA RESERVA DO EXÉRCITO DO MARANHÃO - NOTA DE DESAGRAVO

*NOTA DE DESAGRAVO*

Na manhã desta segunda-feira (19) o Coronel Alessandro da Silva, comandante do 2º Batalhão de Engenharia de Construção, divulgou uma nota à imprensa sobre o homicídio ocorrido em Teresina, envolvendo o 2º Tenente José Ricardo da Silva Neto, que é acusado de praticar o homicídio que vitimou Yarla Lima Barbosa, e deixou outras duas mulheres feridas, e chamou atenção o destaque dado na nota para a palavra “temporário”, única palavra escrita em negrito no texto que tinha 396 palavras, distribuídas em 28 linhas e seis parágrafos.

Na sua tentativa de ser sútil, gritou o clima organizacional de descriminação para com oficiais temporários que ainda se vive dentro do Exército Brasileiro, promovido por setores da força ainda tratam os temporários de uma forma discriminatória. 

Esta forma de grafar a palavra temporário, em negrito, como um qualificativo do tenente Silva Neto, revela a atitude deliberada do referido oficial superior de ligar à prática criminosa ao fato de que o militar não ser de carreira. Soou como se os oficiais temporários fossem oficiais de classe inferior ou mesmo de um outro exército e que, portanto, este fato por si só, explicaria o destempero e absurdo do ocorrido.


Temporário ou de carreira são todos oficiais do Exército Brasileiro e, em termos de reputação organizacional, é a imagem da força que está em jogo e que foi arranhada pelo episódio trágico e a condução desta crise coloca em questão, a reputação dos demais jovens oficiais da Reserva do Exército formados pelo Núcleo de Preparação de Oficiais da Reserva na capital piauiense, mesmo que nenhum deles tenha concorrido para tal fato.

Nós, oficiais da Reserva do Exército Brasileiro ligados à Associação dos Oficiais da Reserva do Exército do Maranhão (AORE-MA) repudiamos esta postura adotada na Nota à Imprensa distribuída pelo comando do 2º Batalhão de Engenharia de Construção (2º BEC), ainda que sutil, consideramos um reflexo do clima organizacional que se encontra em algumas Organizações Militares do Exército Brasileiro e a consideramos inadmissível em pleno século XXI, ainda mais em tempos que o Comando da força vem buscando uma aproximação maior com os oficiais da Reserva do Exército e nos têm apontado como “Embaixadores do Exército na Sociedade”.


Todos os oficiais da reserva do Exército Brasileiro têm muito apreço pela corporação e sentem-se irmanados em armas com os oficiais e praças oriundos das escolas de formação profissional militar espalhados pelo país para admitir tal atitude, mesmo já não estando mais na ativa. 

Desta forma, solicitamos que as devidas providências de desagravo sejam tomadas para situações parecidas sejam evitadas no futuro. 

Manifestando apresso por este Exército e respeito pelo comando,
assina.

Reginaldo Bordalo
Presidente da AORE/MA
2º Tenente R/2 Infante
NPOR São Luís-MA

https://www.facebook.com/bordalo29/

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